terça-feira, 22 de novembro de 2011

A labuta da ponta do lápis, pena, caneta, (cérebro) ou qualquer outro material utilizado na hora d’escrever.

“Escrever é entendido como o ato de pegar um dos materiais citados pelo título e realmente concretizar a ação de fazer desenhos não aleatórios, mas detentores de signos, lançando mão dum idioma x para tal, neste caso, a língua portuguesa.” Apud Algumlinguistaestremamenterenomadodaufpe.

Escrever pode ser entendido como a criação de uma carta ontem e uma mensagem em rede social hoje - ambas estabelecem contato.

Escrever pode ser compreendido como o labor poético de um artista, seja no claustro à moda Parnaso, seja em composições dedicadas às afamadas novinhas de um Recife contemporâneo.

Mas brother, me diga aí na real se num é válido escrever mimetizando a fala?

A arte de escrever é, antes de mais nada, algo deveras cansativo. Em outrora reclamaríamos de não saber datilografar. Ou então nem mesmo ter o aparelho datilógrafo. (Datilográfico, imbecil!)

Temos que escrever bem pra salvar as florestas e o Enem. (Ode às pérolas do Jô)

Escrever só não é mais cansativo que escrever sobre o ato de escrever.

Sei lá se é ato, quem sabe?

Às vezes o cara cansa mente e corpo só de pensar no que vai escrever.

Aí dá aquela quebrança, aquele cansaço... Parece que tu cabô de almuç...

Daí já viu...

Nem escreve

Vou chegando ao fim de um papel que utilizei pra escrever – a Xerox dum artigo da faculdade. (Fiquei com preguiça de ir lá dentro pegar meu caderno)

Se foi válido? Boa pergunta!

Analisando uma sociedade twitteana que descarta tudo, vão dizer que termino o texto com esse termo aí em cima apenas pelo costume de protesto virtual, advindo de posições políticas de um... http://www.wikipedia/biografiadepreciativadoautordotexto.com

(...)

Eu tava falando sobre o que mesmo? Ah sim! Escrever!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Encontrada a essência humana.


"O ser humano se distingue do resto dos animais por possuir um telencéfalo altamente desenvolvido e um polegar opositor".
À frase acima, algo poderia ser adicionado: "O ser humano se distingue do resto dos animais por possuir um telencéfalo altamente desenvolvido; um polegar opositor e a capacidade de ser sublime."
Desde os tempos mais primórdios, onde sociedades não possuíam um terço da tecnologia hoje existente, o ser humano já aparentava tal característica.

Uma coisa curiosa é a pós-modernidade!
Não sei se vocês comungam desta opinião, mas parece que o dia de hoje é pós tudo!
Pós revolução; pós modernismo; pós punk; funk!
Já estamos até no pós-Backstreet Boys!
(Infelizmente ainda não chegamos no pós-Luan Santanna)

O fato é que se vive hoje num tempo em que o próprio avanço das coisas em si gerou uma verdadeira falta de perspectiva.
Se nada mais há a desvendar no globo, se toda revolução é página de livro de história, então o que fazer?

Eis que a pós-modernidade, aliada à política governamental de inclusão digital cria o maior paradigma artístico do milênio, sob a égide ''minha mulher num deixa não.''

Esse 'manifesto' (vamos assim chamar) não é um grito isolado duma comunidade específica, mas um coro que cada vez mais se fortalece devido ao alcance da internet, local mais democrático hoje existente.

Esse vídeo que tanto chamou a atenção, é avantgarde já pelo título.
Não contente com uma simples palavra para denominar sua obra, o sagaz dj Sandro logo pôs uma frase inteira:"minha mulher não deixa não", mesclando sua pós-modernidade com um pouco de barroco

Logo em seguida, a imagem "abre" para a visão de uma praia, um carro, uns 'boy'
sentados na areia e um carinha lá atrás olhando tudo (e provavelmente) pensando "Que merda é essa que esses caras tão fazendo?"
O início da música, uma melodia febrilmente trabalhada por um habilidoso tecladista marca a pegada que se dará durante todo o tempo.

Outro fato que provavelmente mais caracteriza esta obra como vanguardista, é o diálogo que se estabelece na música, pois sim, se inicia uma conversa entre o doido de chapéu do carro e o 'maloqueirin' sentado, onde (entre outras coisas) um convida o outro a sair a beber e fumar, recebendo uma recusa com a seguinte frase:
"Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não, não vou não, quero não."
(Ainda estamos tentando contar quantos 'não' existem na frase, caso alguém seja estudante do curso de matemática, faça o favor de oferecer-nos ajuda!)

E é ao som deste verso alexandrino que os nobres rapazes dão início a uma psygroove- new generation, bela apresentação artística criada pelos próprios dançarinos em consonância com o hip hop de guetos franceses.

Se um alienígene à terra viesse e ao povo humano pedisse uma obra que resumisse toda a cultura de seu povo, certamente seria indicado o fizer "Minha mulher num deixa não.", o que prova que DJ Sandro é mesmo 'O moral de Paulista'.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Underground recifense


Pros que pensam que a cena punk já não mais existe, aqui vai: não só existe como também está ativa social e ideologicamente.
O punk não surgiu por acaso. Tanto nos Usa, como na Inglaterra, o movimento foi criado, antes de mais nada, com o intuito de difundir uma ideologia, sendo a música; as vestimentas e o comportamentos suas formas de expressão. Muito da cultura punk bebeu do niilismo e das vanguardas pós-guerra, onde o descontentamento e descrença no ser humano imperavam. O próprio câmbio no conceito de arte daquela época, através (principalmente) do dadaísmo, permitiu uma liberdade maior à criatividade.
O fato é que, estando numa época tão agitada tal qual o pós-guerra, nada mais óbvio de acontecer do que o nascimento de uma cena sócio/musical, fruto do casamento entre a revolução das aparências externas e internas com um som sujo e pesado, repleto de letras que mais parecem manifestos políticos.
Em Recife, atualmente a cena underground conserva suas resistências. Bandas punk conhecidas como Devotos e Subversivos ainda estão na ativa, esta última carregando um simbólico som Oi!
O “Oi!” se difere das demais “vieses” por ser realizado por skinheads. Os skinheads a que me refiro não são aqueles adeptos do neo-nazismo, cujo estereótipo é um fanático racista. Não, não, o skinhead que falo é bem outro.
Esses caras são muito mais adeptos do anarquismo do que outra ideologia qualquer, pois pregam bastante o livre-arbítreo e a negação da propriedade privada.
Pois bem. Fomos recentemente a um show que reuniu três bandas de diferentes momentos punk, que foram: Love Toys, Rabujos e Subversivos. O primeiro som, Love Toys, tinha uma pegada fortemente pop, com direito à distorção pseudo-emo nos solos e backing vocal em quase todos os refrões. O que tornou essa banda tão “cute” foi o fato de que é um som limpo, extremamente flexível se comparado à segunda.
Os Rabujos fazem jus ao nome. Creio que nunca presenciei tamanha disparidade entre duas bandas subseqüentes, porque diferentemente dos Love Toys, Rabujos tem uma proposta de chocar, de produzir um som imundo e extremamente trash. A própria visão dos integrantes dá medo a alguns, porém, creio que seja exatamente isso o que deseja o grupo.
Por fim, vimos o show dos Subversivos. Dá para perceber, apenas olhando para o vocalista, que a banda é uma resistência ideológica. Produzindo um som pesado, (porém menos pesado que o trash) os Subversivos estão no palco muito mais pela necessidade de protesto do que pelo simples desejo de tocar. Percebe-se que o foco do grupo não é a melodia, (apesar de esta deter uma incrível importância no som) mas sim o vocal, onde se realizam verdadeiros discursos contra a sociedade pós-moderna, as mídias-marrons e uma ojeriza cuspida no sistema.
Um dos defeitos mais graves perceptíveis nessas duas últimas bandas, foi o fato de que o público nada (ou quase nada) entendeu das letras, pois além da acústica do local não ser muito favorável, o nível gutural da voz beirava o ininteligível. Acontece que, se há uma preocupação tão grande no sentido de conscientizar, de que forma eles podem fazê-lo se é difícil de entendê-los até mesmo em cd’s?

*P.S.: depois de uma gravadora, até Felipe S vira cantor.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010


A fórmula do sucesso do conjunto guitarra e vocal é tão antiga quanto ambos os instrumentos de expressão musical, tendo eles aprimoramentos técnicos e avanços tecnológicos ao longo do tempo. O grande chamariz dessa combinação se deve a vários fatores, como presença de palco do(s) músico(s), extravagâncias técnicas e visuais, entre outras coisas. Levando-se isso em consideração, dissertemos sobre duas combinações de guitarra e vocal que foram (e são) eternos destaques, sendo uma no hard rock e uma da vertente 'normal' do estilo'; e também sobre um só músico que combinou os dois.

Steven Tyler e Joe Perry:

Entre tapas e beijos, a dupla Tyler/ Perry alçou o Aerosmith à marca de banda de rock que mais vendeu discos na história dos Estados Unidos. Digo entre tapas e beijos por puro eufemismo, pois desavenças entre os dois não são novidades sequer pra um leigo musical. De escândalos que iam de brigas entre esposas a copos de leite (que, curiosamente, ocasionou a saída mais recente de Tyler da banda, desmentido por ele depois), a dupla sempre foi o destaque de seus shows, acompanhados pela consistente cozinha de Tom Hamilton e Brad Withford, mais a guitarra de Joey Kramer.

John Lennon e George Harrisson:

Uma das mais conhecidas ligações, Harrisson e John Lennon reforçaram o anseio de elevar o elo guitarra-vocal ao status mais alto, (financeira e popularmente falando) pois fizeram perpetrar no inconsciente geral o gosto por este tipo de melodia. Além do mais, o guitarrista foi ousado o suficiente para introduzir na cena musical do ocidente (de uma forma mais concreta) instrumentos indianos, pouco utilizados de um modo geral.

Jimi Hendrix:

Indo mais além do que a visão de seu black power, Jimi conseguiu imprimir, com muita velocidade e técnica, músicas nas quais o canto era uma ligação, uma corda que puxava sua guitarra na direção melódica por ele desejada. A ligação vocal-guitarra é tão visível em Jimi, que músicas como “Fire” e “Voodo Chile” falam por si próprias, sem necessitar de explicação.

Pra que fique clara a força de tal elo, aqui vai uma frase de Steven Tyler.:
"mesmo depois de 39 anos de estrada, eu ainda faço parte da melhor banda do mundo e toda manhã agradeço a Deus por mais um dia de Rock".

segunda-feira, 9 de agosto de 2010





Só posso me sentir uma vazio tão nostálgico
quando me perguntam do passado e eu não sei dizer
eu tenho saudade de alguém que nunca esteve ao meu lado, meu bem
e eu quero viver uma ralidade bem maior que o


céu, céu, céu, céu... além daqui


não penso em nada, não sigo minhas vontades
não faço jus à minha alma, e fico inerte ao que passa


fui um acidente encomendado, fui um mártir do incerto
e eu quero viver só um dia mais feliz que o normal


céu, céu, céu, céu... além daqui


- Fernando Henrique